A Neurologia é a parte da medicina que estuda, diagnostica e oferece tratamento às doenças que afetam o Sistema Nervoso. O Sistema Nervoso é dividido entre central (Cérebro, Cerebelo e Medula Espinhal) e periférico (Raizes, Nervos e Músculos).
Abaixo, listei algumas das principais doenças abordadas pela Neurologia, apenas para exemplificar algumas das patologias e falar muito rapidamente sobre elas. No final, há um link para um pouco mais de informações - algumas considerações sobre assuntos da Neurologia.
O Alzheimer é a principal demência dos idosos.
Inicia-se em geral com perda de memória recente. A perda de memória do passado - imagem mais associada à doença, só aparece em estágios mais avançados da doença.
Para seu diagnóstico, deve-se excluir causas raras de demência, algumas delas reversíveis.
Infelizmente, atualmente a medicina não tem um tratamento que impeça a progressão do Alzheimer - mas há medicações que podem ajudar a memória, além de orientações para ajudar o paciente e a família a ter melhor qualidade de vida.
O Parkinson é uma doença caracterizada por lentidão de movimentos, rigidez, tremores e dificuldades de andar.
Atualmente temos diversas opções terapêuticas que diminuem os efeitos negativos da doença. Porém, assim como o Alzheimer é uma doença degenerativa cuja progressão por enquanto não pode ser detida.
Medicações podem apresentar efeitos colaterais que se parecem com o Parkinson ou podem piorar a doença. Entre elas, algumas medicações para enjoo, vertigem e antipsicóticos.
O diagnóstico e tratamento ajudam os pacientes com Parkinson a controlar os sintomas da doença, muitas vezes os eliminando por completo.
Dor de cabeça talvez seja um dos sintomas mais comuns que as pessoas sentem.
Comumente iniciada durante a juventude, e com influências hereditárias, a enxaqueca é matéria de muitos estudos, e talvez uma das causas mais frequentes de dores de cabeça.
Medicações para enxaqueca não foram feitas especificamente para essa condição, mas podem ajudar a diminuir a intensidade e frequência, principalmente quando a dor atrapalha o dia-a-dia.
Eventualmente pode ser sintoma de algo mais grave, principalmente se a dor vem aumentando ou surgiu em idade mais avançada.
Alterações de sensibilidade nas extremidades, com dores, choques, queimação ou formigamentos, podem ser contínuas ou frequentes, e muitas vezes aparecem em pessoas mais idosas.
Em geral, são sinais de problemas nos nervos, muitas vezes relacionados a diabetes descontrolada ou mesmo sem causa definida.
Raramente, principalmente quando é mais rápida, pode estar associada a outras doenças ou problemas nos nervos mais graves.
Epilepsia é ao mesmo tempo uma doença e um sintoma. Muitos tipos de lesão no cérebro podem causar epilepsia (daí um sintoma) - e há outros tipos de epilepsia que são mesmo o que machucam o cérebro por si só.
As crises convulsivas, forma mais clássica e chamativa de epilepsia é apenas uma das formas de epilepsia - as crises epilepsia podem se apresentar de formas bem mais sutis.
Em geral, crises e convulsões atrapalham bastante a vida - e são perigosas. Por isso, o tratamento e controle é bem importante.
A insônia e apneia obstrutiva do sono são duas das doenças mais comuns, e que podem atrapalhar bastante o dia-a-dia das pessoas.
A apneia obstrutiva do sono piora bastante a qualidade do sono, podendo gerar sonolência excessiva, aumentar a pressão arterial e distúrbios metabólicos. Isso tudo pode piorar a qualidade de vida e até aumentar risco de AVC ou infarto.
A insônia é extremamente frequente, e pode causar muita irritação durante o dia, e estar associada a depressão e ansiedade.
O chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA) está relacionado com a dificuldade de interação e comunicação social e rigidez mental.
O autismo pode ou não estar relacionado à outras condições médicas. Por definição, suas características se iniciam na primeira infância, ainda que as dificuldades possam ficar mais evidentes com o passar do tempo - eventualmente levando a um diagnóstico tardio.
O apoio multiprofissional pode fazer a diferença para auxiliar os pacientes com autismo a ter uma melhor qualidade de vida. Uma especial atenção deve ser dada à possibilidade de autistas desenvolverem doenças psiquiátricas - muito frequentes entre esses pacientes.
O AVC é um evento de entupimento ou sangramento do sistema de vasos do cérebro.
O mais comum é o entupimento de artérias, que levam sangue com oxigênio para o cérebro poder funcionar.
Em geral, esse tipo de AVC não está associado à dor. Uma paralisia súbita, dificuldade súbita para falar ou qualquer outro sinal súbito neurológico deve chamar atenção para o risco de AVC - e um pronto-socorro deve ser procurado imediatamente.
O AVC isquêmico pode ser revertido com medicações que existem no hospital - e quanto mais rápido se chega ao hospital, maior a chance de reversão.
Após um AVC, deve-se investigar o que causou esse evento.
Tontura é um sintoma muito comum, e muitas vezes desafiador.
Pode estar associado a multiplas causas: questões cardiovasculares, pressão baixa, problemas no cérebro, cerebelo, do nervo vestíbulococlear ou ouvido interno, ou ainda à ansiedade.
Eventualmente, pode ser a forma como a pessoa percebe também questões de fraqueza ou dificuldade de perceber as partes do corpo.
É muito frequente, muitas vezes não está associada a nenhuma doença grave.
Dificuldades para andar ou quedas frequentes certamente chamam atenção para lesões neurológicas que demandam investigação cautelosa da causa.
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa de neurônios motores, tanto dos nervos periféricos quanto do Sistema Nervoso Central - dificultando a ligação entre Cérebro e Medula Espinhal.
Isso significa que a função motora dos pacientes é afetada, mas a capacidade de raciocinar fica intacta.
No caso da ELA, há medicações que diminuem o ritmo da doença.
Além disso, assim como em outras doenças degenerativas, muitos estudos são feitos e podemos ver avanços nos tratamentos nos próximos anos.
A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune que afeta o Sistema Nervoso Central (Cérebro, Cerebelo e medula espinal).
Muitas vezes, acomete pessoas jovens, causando lesões progressivas que podem levar a graves debilidades.
Hoje, há diversas opções de tratamento que ajudam a frear a doença e diversas outras em pesquisa. Formas mais agressivas, podem necessitar de medicações mais novas para o tratamento e controle, e também uma percepção maior do paciente para evitar danos irreversíveis.
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por desatenção e hiperatividade e/ou impulsividade que se tornam prejudiciais para o indivíduo.
É um transtorno associado a diversas causas genéticas e ambientais, com tratamentos medicamentosos e não medicamentosos disponíveis que podem fazer a diferença no desempenho social e escolar de crianças e adultos.
Alguns textos um pouco mais extensos sobre assuntos neurológicos.
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